Uma nova vida

Emigração da família Giesteira para o Brasil

A Família Giesteira vivia em situação de pobreza total em Póvoa de Varzim. Em busca de uma vida melhor, decidiram ir para o Brasil mesmo sem saber o que encontrariam pela frente.

Sem previsão de retorno, eles chegaram ao Porto de Santos em 1955 e fixaram moradia na cidade de São Paulo.

O começo foi difícil, com pai, mãe e os quatro filhos dividindo um pequeno cômodo e dormindo em duas camas de casal, mas aos poucos os dias ruins ficaram para trás e a ida para o Brasil se mostrou a melhor decisão para o futuro dos Giesteira.


Planejando a homenagem

Visitas a Póvoa de Varzim

No Brasil, o primogênito Manuel Giesteira se formou em Direito e atuou como advogado, professor e empresário por muitos anos. Visitou Póvoa de Varzim em sua lua de mel por Portugal e tantas outras vezes quando pôde para rever a família e os amigos.

Por volta de 1995, quando tomou a decisão de descansar após anos de trabalho, decidiu homenagear seus pais e todos os emigrantes Poveiros que se encontram em toda parte do mundo.

Dedicado àqueles que, em suas palavras, “partiram e voltaram, mas também àqueles que nunca puderam visitar sua terra natal”, o Monumento ao Emigrante começava a sair do plano das ideias.


Início do projeto

Início da restauração do Monte de São Felix e da construção do Monumento

O local escolhido foi o Monte de São Félix, na Freguesia de Laundos, que à época estava em situação de abandono e precisava de um projeto de urbanização completo.

Para trazer dignidade de volta ao local, o projeto de restauração do Monte incluía sete patamares com duas capelas por patamar, representando a via sacra de Jesus Cristo, dois jardins laterais ao longo do percurso, que ostentavam as bandeiras do Brasil e de Portugal, e uma plataforma de sustentação do Monumento, com acesso por 328 degraus.

Na extremidade da escadaria, foi construído um belíssimo miradouro com vista para a cidade.

Antes e Depois

Arraste as setas para ver o antes e depois do local onde se encontra o Monumento ao Emigrante

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Concretizando um sonho

Início da construção do Monumento

O Monumento ao Emigrante começou a tomar forma com 100 toneladas de granito e 1.200 quilos de bronze. A homenagem à família apareceu nas estátuas, de tamanho natural, que reproduziam os rostos dos pais, irmãos e do próprio Manuel de acordo com as fotografias do passaporte à época.

A obra levou dois anos para ficar pronta. O tempo, no entanto, foi considerado relativo, pois como disse Manuel na inauguração, “tudo vale a pena quando se trata de concretizar um sonho de uma vida de sacrifício e trabalho, como é a de todo emigrante”.

Reconhecimento e apoio

Inauguração do Monumento ao Emigrante

Cerca de 20 mil pessoas participaram do evento de inauguração do Monumento ao Emigrante, no dia 5 de Setembro de 1998, que contou com a presença da cantora Dulce Pontes, danças típicas portuguesas e queima de fogos.

Na base do Monumento encontra-se uma placa que resume a homenagem: “Aos filhos desta Terra que foram, lutaram e voltaram, e aqueles que foram, lutaram e não voltaram, mas deles não esqueceremos!”.


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